23 de dez. de 2008




Destino inesperado


quando as luzes apagam
e não vejo nada em minha frente
penso ser pego em um sonho
coletando mentiras em seu jardim de insanidade

do que voçê precisa ?
e o que me dá em troca ?
olho em seus olhos
vejo em seu corpo

o vermelho escuro que escorre
sujo como sua lealdade
sujo como sua vida
que estara prestes a se expandir junto com a minha


a marca do seu ódio
escorrendo pelo meu rosto
é assim que trata seu senhor?
isso não é mais tão próprio para ele


olho para o céu e os pingos de chuva
passam pelo meu rosto
escorrendo e aliviando a dor
causada por sua lâmina carregada de ódio


sem nenhuma força depois da queda
olho para o soldado e vejo em seus olhos
escorrerem as lagrimas de medo e remorso
atordoado ele corre e pede por misericórdia



fecho os olhos e me sinto em casa
procuro respostas para minha queda
sem sofrimento, sem dificuldades
onde está o lugar que eles chamam de céu ?


cobiça e medo
ódio desesperado
traição e pecado
destino inesperado